10/11/2011 13:59
Com o tema Governança Corporativa, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Agusto Sherman Cavalcanti, abriu o ciclo de palestras do III Encontro Nacional de Diretores-Gerais de Casas Legislativas, que acontece nesta quinta e sexta-feira (10 e 11), no auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa. O ministro fundamentou-se na experiência do TCU para discorrer sobre o tema. Durante a palestra, Augusto Sherman Cavalcanti conceituou governança como o meio pelo qual é possível aprimorar e fortalecer as organizações com o objetivo de oferecer melhores serviços à sociedade. Na esteira desse pensamento, ele disse que as boas práticas de governança convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de otimizar os trabalhos. O palestrante citou princípios fundamentais que regem a governança corporativa. São eles: transparência; equidade; prestação de contas e responsabilidade corporativa. Para ele, estas proposições são senhas para reduzir riscos e agregar valores à gestão, aumentando a eficácia, a eficiência, a efetividade e a economicidade. A governança corporativa é exigida, por exemplo, no sistema financeiro mundial, ilustrou. Apesar dos inquestionáveis resultados positivos, Augusto Sherman revelou que a governança corporativa não é prática comum nem para o setor público nem para o privado. Ele disse que pesquisam apontam que, até 2005, apenas 4% das empresas adotavam o sistema. Na visão do ministro, a complexidade para implantar é o motivo para a baixa popularidade. É um trabalho árduo, mas que vale a pena, estimulou. Com relação à administração pública, Augusto Sherman destacou os princípios constitucionais que devem nortear as práticas de gestão corporativa, tais como publicidade, moralidade, impessoalidade e legalidade. Na visão de Sherman, as tecnologias da informação delinearam uma linha em alto relevo na história contemporânea da governança corporativa, especialmente nas casas legislativas, tornando-se elemento indispensável de uma gestão. Na administração pública federal, as tecnologias da informação consomem mais de R$ 18 bilhões [por ano]. É caro, mas indispensável, comentou.
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