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18 de Abril de 2024
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    Assembleia Legislativa faz homenagem a torturados pela Ditadura Militar

    A Assembleia Legislativa realizou sessão especial nesta quinta-feira (12) para homenagear ex-militantes torturados pela ditadura militar, a exemplo do maranhense Manoel da Conceição. Na ocasião foi entregue o título de Cidadão Maranhense a um dos ex-líderes da resistência à ditadura, o ex-padre, ex-jornalista, professor e filósofo Alípio Cristiano de Freitas, que nasceu em Portugal, mas viveu por vários anos no Maranhão.

    A homenagem foi proposta pela deputada Helena Heluy (PT) e a sessão especial conduzida pelo próprio presidente da AL, Marcelo Tavares (PSB), da qual participaram vários outros deputados, convidados especiais e familiares.

    Helena Heluy disse no discurso de saudação aos homenageados que a sessão especial representou, sobretudo, um instante de maior relevância no que diz respeito à História Política do Brasil e à História Política do Maranhão.

    A petista afirmou também que os homenageados são cidadãos de diversos segmentos da sociedade que foram de fundamental importância na luta pela redemocratização do país e em particular do Estado.

    Além do militante e fundador do PT nacional, Manoel da Conceição Santos, e do ex-padre Alípio de Freitas, foram homenageados o secretário de organização política do Partido Comunista do Brasil no Maranhão, Etelvino de Oliveira Nunes, e a liderança Augusto José do Nascimento (in memorian).

    A presidente da Comissão dos Mortos e Desaparecidos da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Vera Rotta, participou da sessão especial representando o ministro Paulo Vannuchi, titular da pasta.

    O governador Jackson Lago (PDT) foi representando pelo secretário-chefe de Gabinete, Luiz Pedro. O prefeito João Castelo (PSDB) pelo secretário de Assuntos Políticos, Chico Viana.

    Também participaram da sessão várias outras lideranças, a exemplo dos secretários estaduais João Francisco (Igualdade Racial), Ricardo Ferro (Minas e Energia) e Eurico Fernandes (Direitos Humanos), do ex-deputado estadual Rubem Brito e militantes partidários.

    Na sessão especial foram lançados ainda a campanha "Direito à Memória e à Verdade", para forçar o Brasil a admitir sua responsabilidade frente à questão dos opositores políticos que foram perseguidos, torturados e mortos pelo regime militar; e o livro "Direito à Memória e à Verdade", editado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. O livro relata a vida dos presos políticos no país durante o regime militar.

    PERFIL / ALÍPIO CRISTIANO DE FREITAS

    Alípio Cristiano de Freitas é natural de Bragança (Portugal), onde cursou Filosofia e Teologia no Seminário Maior de São José. Ele chegou ao Brasil em 1957 para trabalhar em São Luís. Aqui foi professor de História Antiga e Medieval e História da Filosofia e vigário da paróquia no bairro Matadouro, hoje envolvendo Floresta e Fé em Deus.

    Alípio teve atuação ativa e permanente nos bairros suburbanos, estimulando a criação de associações de moradores, formação de núcleos de jovens trabalhadores e um projeto de escolas populares, cujo lema era "De pé no chão também se aprende a ler".

    Como dirigente das Ligas Camponesas foi preso pelo golpe militar de 1964, se exilou no México e em Cuba. Retornou ao Brasil clandestinamente e participou da guerra revolucionária contra a Ditadura Militar.

    Preso de novo em maio de 1970, foi conduzido ao DOI-Codi do Rio, onde sobreviveu à tortura depois de peregrinar por presídios como Ilha Grande, Tiradentes, Penitenciária de São Paulo, Carandiru, Brasília, Fortaleza de Santa Cruz, Bangu e Lemos de Brito.

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