Vice-presidente da AL recebe representantes da Eneva

O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Fábio Macedo, recebeu, na tarde desta quinta-feira (22), em seu gabinete, representantes da Eneva, empresa responsável pelo controle do complexo de produção de gás natural da região que abrange os municípios de Santo Antônio dos Lopes, Capinzal do Norte e Lima Campos.

Damian Popolo, diretor de Relações Instituições da Eneva, estava acompanhado de Rômulo Florentino (Relações Institucionais) e de Marco Túlio Rodrigues (gerente de Relações Institucionais). O presidente da AL, deputado Othelino Neto (PCdoB), participou do encontro, onde foi discutida a importância da produção do combustível no Estado e a possível utilização do Gás Natural Veicular, como já acontece em vários estados brasileiros.

De acordo com o deputado, esse assunto vem sendo tratado desde a semana passada. Ele ressaltou que o Maranhão é um grande produtor de gás natural na região de Santo Antônio dos Lopes, Capinzal do Norte e Lima Campos. “Mas, apesar disso, os maranhenses sempre questionam para onde vai o produto final”, frisou.

O deputado disse que a reunião foi justamente para encontrar respostas a esses questionamentos. “Agradeço a visita dos representantes. Fizemos um pedido para que esse produto possa ser utilizado também como gás veicular, pois se sabe que os preços do petróleo, da gasolina e do óleo diesel estão aumentando e o gás sairia mais barato e uma melhor opção para o meio ambiente. Torcemos para que essa utilização se concretize e, para tal, continuaremos nessa luta, que não é nossa, mas de todo o povo do Maranhão”, frisou o deputado.

O diretor de Relações Instituições da Eneva, Damian Popolo disse que a utilização do Gás Natural Veicular seria improvável por causa da distância entre o polo produtor e o polo consumidor, no caso São Luís. E que a empresa tenta viabilizar a logística. “Mas uma vez tendo alcançado São Luís, precisaríamos ter a certeza de que a reserva de gás disponível seria suficiente para atender à demanda a longo prazo. E para isso, seriam necessárias reservas muito grandes no interior do Estado. Seria um tiro no escuro. A opção de trazer o gás por navio seria muito mais viável para conseguirmos atender a esse tipo de consumo”, alegou.

Damian Popolo disse ainda que o gás natural produzido no Maranhão está numa região bem servida por rede de escoamento elétrico, mas sem infraestrutura de escoamento por gás, como gasodutos. Essa seria a dificuldade para o uso alternativo do gás e a única forma possível para que a bacia do Parnaíba deslanchasse como grande produtora de gás foi a opção da utilização da rede elétrica. Ele revelou que a Eneva tem estudado com parceiros comerciais e governamentais a opção de levar o gás para o litoral, incluindo São Luís, de forma a não precisar dos gasodutos. No entanto, isto implicaria em desafios tecnológicos, de custos, preços, tamanho da reserva necessária, logística, entre outros.

“A conversa foi muito boa. Agradecemos ao convite e deixamos uma porta aberta para um diálogo cada vez mais estreito sobre as opções que teremos na mesa para trazer benefícios para a população”, disse.